A destruição de um verdadeiro homem: poder, dinheiro e álcool *

Bom dia meus dileto conterrâneo! É mais uma vez contrariado que inicio um novo texto, para mais uma vez externar meu repúdio como icoense (mesmo distante). Dizia-me um grande amigo que tive quando morei em Fortaleza (pena que já faleceu), que se você quiser conhecer um verdadeiro homem, você só precisava fazer uma dessas três coisas: dê-lhe poder, dê-lhe dinheiro ou embriague-o.

É bem provável que você pense que não funciona, mas se você tiver a oportunidade ou simplesmente prestar bem atenção em alguns detalhes, você verá que realmente funciona.

É muito comum você ouvi de alguns falsos moralistas, que ele é honesto, que não tem dinheiro nenhum que compre os seus direitos e deveres, principalmente se este estiver inserido no campo político, pois infelizmente em nosso país ser político virou sinônimo de mau caráter, corrupto ou até mesmo faz com que percam completamente quaisquer escrúpulos que lhes resta.

Quanto a que relatava o meu amigo, não é incomum você se deparar com pessoas que entram na política sem a menor vocação de servir ao seu próximo, só pelo apego e necessidade de poder, também não é de causar admiração em nenhum de nós, as mudanças em determinadas pessoas quando essas conseguiram aumentar sua conta bancária.

Não quero dizer que você não possa mudar para uma vida melhor, se é isso que todos nós queremos, mas é preciso observar quais os degraus que você vai utilizar, para conseguir chegar ao topo desejado.

Não é nada gratificante, você conseguir chegar no mais alto degrau da fama, com a moral toda enterrada na lama, como dizia Clara Nunes, nota-se que para subir você desceu. É o que acontece quando um homem tem a ambição pelo dinheiro ou pelo poder acima do seus princípios mais básicos, deixando de lado até mesmo o respeito que merece de sua família, pois um homem que esquece suas origens é um homem sem identidade.

O dinheiro é hoje a mola mestre de todas as brigas, não só locais, como mundial. Sabemos que infelizmente não há sobrevivência sem o dinheiro, pois até nas coisas mais básicas precisamos dele, mas não é obrigado você se corromper para ter o que precisa, afinal devemos nos contentarmos com o pouco que temos, já que é com dignidade.

Mas a culpa não é do dinheiro, do poder ou do álcool. O problemas está nas pessoas que não tem equilíbrio e controle suficiente sobre suas ações, pois se alguém é bom sem dinheiro, será ainda melhor quando tiver, se alguém tenta solucionar um problema de seu próximo, mesmo sem ter poder, solucionará os problemas de um número bem maior quando tiver poder.

Na questão que envolve o álcool, quem nunca teve a oportunidade de conhecer aquela pessoa pacata, calada, envergonhada, tímida, sempre macambúzia e que ao ingerir uns goles a mais de cachaça ou umas cervejas a mais, tornou-se o maior falastrão, conversador, rico, bom de mulher, só ele sabe de tudo, promete tudo o que pode e o que não pode.

Existem também aqueles que usam o álcool como subterfúgios, para brigarem, desabafarem as mágoas guardadas, para assumirem suas ideias, desejos ou preferência sexual que a sobriedade os privam, e até mesmo para declarar-se para a sua amada ou pretendida.

Como bom apreciador de umas cervejas (não é defendendo o meu lado), veja o álcool como o menos ofensivo dos três destruidores de um homem, pois todos eles dependem única e exclusivamente de uma questão de caráter.

O álcool ele pode ter os seus males, mas também tem as suas vantagens (sem incentivar ninguém a fazer uso dele), muitas amizades são construídas em uma mesa de um bar, grandes decisões já foram tomadas também em uma mesa de bar, grandes poemas de nossa literatura foram escritos em bares; nossos maiores compositores foram grandes apreciadores dele: Noel Rosa, Ataulfo Alves, Vinicius de Moraes, entre outros, o que devemos observar é como estamos controlando a nossa reputação e quais são os nossos limites. Uns goles a mais ou a menos, não é tão ruim.

 
Vou fazer uma pergunta a vocês e gostaria de uma resposta, se possível.

Você mantém em sua casa a aparência de um homem sério, honesto, um pai de família exemplar e que os seus filhos vejam em você um exemplo a ser seguido, mas por uma ganância desenfreada, você se corrompe, se vende, sem a menor necessidade.

Passado alguns anos, o seu filho começa a cometer pequenos delitos, que mais tarde se transformam em fatos mais graves.

Qual será o respaldo que você terá, para repreender o seu filho ou até mesmo querer puni-lo?

Com certeza ele irá dizer-lhe: o senhor não poderá vender-me moral, pois o senhor não possui mostruário. E ninguém pode vender algo sem ter o mostruário.

Mesmo sem conhecer o Vereador França do Picolé, peço-lhe que repense da sua decisão, pois o maior bem que um homem constrói para si é a FAMÍLIA. E nós não temos em hipótese alguma o direito de ferir ou macular nossa família, só para satisfazer os nossos desejos.

Pense Bem! Não deixe que a sua família sinta vergonha de você, seja exemplo de respeito e motivo de orgulho.

Ainda há tempo, pois estando vivo podemos tudo, se assim permitir o Senhor.

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 * Texto escrito e enviado por Damião Diniz – Teresina(PI), 04 de junho de 2009
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Publicado por Jornalismo

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