A Polícia Federal prendeu ontem nove pessoas suspeitas de envolvimento com o jogo do bicho em Fortaleza, no Ceará, na operação Arca de Noé. Entre eles, estão o superintendente-adjunto da Polícia Civil do Estado, delegado Francisco Crisóstomo, e o irmão dele, o policial aposentado João Crisóstomo. Após a detenção, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, Roberto Monteiro, anunciou a exoneração do delegado.
A ação dos federais começou no início da manhã em um edifício no centro da capital cearense, onde funcionava a sede do Grupo Paratodos, responsável pelas bancas do jogo do bicho em Fortaleza e Caucaia, na região metropolitana. O advogado do grupo, Flávio Jacinto, acompanhou o cumprimento dos mandados que foram expedidos pela 11ª da Justiça Federal. De acordo com a delegada federal Ana Cláudia, responsável pela operação, quatro suspeitos não foram localizados. Duzentos policiais participaram da operação.
Além dos irmãos Francisco e João Crisóstomo, estão sendo investigados pela PF os sócios do Grupo Paratodos: Francisco Mororó; o filho dele, Francisco Lima Mororó; Fábio Leite de Carvalho e Fábio Leite de Carvalho Júnior; João Carlos Mendonça; Arnaldo Paula Viana; João Evangelista Camelo Rebouças; Hamilton Paula Viana e Hamilton Paula Viana Filho; Francisco Rodrigues de Assis Sousa e Vilauba Maria de Paiva Salvador.
Eles são acusados de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, crime ambiental, crime contra o sistema financeiro nacional, contravenção penal e tráfico de influência. O delegado está preso na sede da Superintendência da Polícia Civil, acusado de apropriação indébita de armas e de envolvimento no esquema do jogo do bicho. Na casa dele, foi encontrada uma metralhadora AR-15.
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