
A partir de uma lei sancionada pelo presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, passam a ser obrigatórios nos currículos escolares o ensino dos aspectos da história e da cultura dos povos indígenas e afro-brasileiros, com base na lei 11.645. A lei foi sancionada em março.
A medida alterou a Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB), que incluía somente a História e a Cultura Afro-Brasileira.
A inclusão da cultura indígena na nova lei foi um pedido das organizações indígenas, a Coordenação de Cultura Escolar Indígena do Ministério da Educação e da Coordenação de Educação Indígena da FUNAI (Fundação Nacional dos Índios).
As informações dessa nova lei deverão ser repassadas para os alunos de grupos étnicos. Entre eles, estão a história da África e a luta dos povos negros e dos povos indígenas do Brasil.
OBJETIVOS DA LEI - Segundo o Jornal do Senado, o objetivo desta lei é resgatar as suas contribuições nas áreas social, econômica e política do Brasil. Os conteúdos serão ensinados, principalmente, nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileira.
De acordo com educadores, essa mudança vai de encontro ao ensino que foi repassado na história do Brasil, construído a partir da exclusão de negros e indígenas como protagonistas.

Segundo o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, André Lázaro, o trabalho em parceria junto às comunidades gerou materiais para a formação de professores.
OPINIÃO - Os professores se capacitarão através do site Domínio Público, através de um material já disponível no endereço. A secretaria convidará as comunidades indígenas e indigenistas para a produção de um novo material, que mostre o passado e o presente das etnias indígenas.
No Brasil, existe mais de 200 sociedades indígenas, com línguas e organizações sociais diferentes, o que ajudaria ao conhecimento regional dos povos indígenas. É o que espera o MEC (Ministério da Educação e Cultura).
LEMBRAR OS ICÓS E A ESCRAVIZAÇÃO OCORRIDA NO ICÓ – É a partir desse gancho que trazemos a importância de conhecermos os antepassados de nossa terra: Os índios Icós e os escravos, que foram subjugados, explorados e dizimados em torno de uma posição de colonizadores dominantes.
ICÓS - Mesmo com a força desses colonizadores, que ajudaram a “civilizar” as terras e tomar conta das terras, originalmente dos Índios Icós, ainda hoje podemos, pelo menos, respeitar essa cultura. Foram esses índios que agregaram os costumes deles aos brancos. Através dos Icó, que temos as bases da extensão da nossa cidade, o que é a nossa cidade, o nome dela.
CONHECER A CULTURA AFRO-BRASILEIRA PRESENTE NO ICÓ – Outros que sofreram bastante no Brasil - Colônia, foram os negros, representados pelos escravos que vinham nos navios negreiros da África em péssimas condições de higiene e contra qualquer respeito humano.
O preconceito era tal, que eles tinham de exercer o catolicismo em uma igreja diferente da freqüentada pelos “brancos”. Enquanto os escravos ficavam na Igreja de Nossa Senhora do Rosário (dos pardos), construída por eles, os brancos ficavam na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Expectação (do Ó). Isso demonstra a hipocrisia da sociedade de época.
LIÇÃO DO ICÓ – A Abolição da escravatura aconteceu em 1888, certo? Não no Icó de antigamente. Símbolo de uma das cidades mais progressistas do Nordeste, Icó foi uma das primeiras cidades a abolir a escravidão, oficialmente em 25 de março de 1883. Isso sim, os icoenses tem de ter orgulho, ficar livre da exploração de ser humano a ser humano.
CONHECER O PASSADO – Mas, felizmente, com essa nova lei, é nos facultado o convite para conhecer o nosso passado e saber o que realmente aconteceu, sem privilegiar ninguém. Ter orgulho dos monumentos do Icó, mas saber que foi a custo de sangue, suor e batalhas. Não esquecer disso e não desprezar o passado de Icó.
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